O ano de 2016 será aquele tipo de ano rotulado como o “Ano dos Heróis no Cinema“. E isso começa a ficar evidente quando temos no primeiro terço do ano, três grandes lançamentos recordes de bilheteria, cada um mostrando a que veio.
O filme além de muito esperado, criou todo um hype por trazer uma nova leva de heróis das HQs para o cinema.
E se tem uma coisa que essa nova etapa da saga dos Vingadores não é, é previsível e monótona. E, como na análise de “Batman v Superman”, será difícil não fazer alguns comparativos.
A trama, apesar de ser diferente das HQs, te prende, e une todas as outras ações dos filmes anteriores em um único enredo.
Após os acontecimentos de Vingadores e Vingadores 2: A Era de Ultron, um tratado é estabelecido para que as ações dos heróis sejam analisadas pelo governo, que quer estabelecer um registro para todos, e passem de uma ” iniciativa privada”, para um “funcionalismo governamental” – ou seja, é transferir a culpa da incapacidade do governo, para as ações quase catastróficas dos heróis.
Tony Stark sempre com seu humor sarcástico, rouba a cena – apesar da trama em alguns momentos fazer o seu background ficar com um ar bastante sério, como nunca visto no universo cinematográfico da Marvel.
Já Steve Rogers (Capitão), é aquele poço de referências – e não, não é por causa dos memes. Mas a sutileza disso é algo de se aplaudir.
Mas, como de praxe, vemos mais uma vez o trauma da perda estampando um dos lados da trama. Assim como em Batman v Superman, temos aquele tipo de personagem que não usa dessa perda como motivo de luta, mas isso vai se tornando aos poucos, uma amarra pessoal que acaba dando aquele plot-twist, e pega você no pulão.
E sim, eu não poderia contradizer o que as grandes mídias estão falando da aparição do Homem-Aranha no longa. E não, não é desmerecer os trabalhos de Tobey Maguire e Andrew Garfield como o Cabeça de Teia, mas Tom Holland é realmente o melhor Peter Parker / Homem Aranha já visto nos cinemas.
Qualquer fã “roots” do Aranha consegue pinçar is trejeitos, as nuânces que Holland deu ao personagem, muito bem caracterizado ao Peter Parker que conhecemos – aquele Nerd estudante que ainda é ingênuo. Um adolescente que possui um grande dom, e cai de paraquedas em meio a heróis de renome, com história – e uma ressalva à Disney, que entendeu que não queremos mais ver o tio Ben ser morto.
E até, citando o ambiente família de Peter, para aqueles que acharam que a tia May de Marisa Tomei está nova demais, leve em consideração que temos um adolescente vivendo um herói, e que é perfeitamente cabível uma tia enxuta, que arranca elogios até mesmo do Homem de Ferro (seu safadão).
As cenas envolvendo os embates entre ele e Bucky (Soldado Invernal), são o tipo de coisa que eu particularmente espero ver em uma luta de UFC, e sempre me decepciono.
Além de ter mais cenas de ação, com uma duração que empolga, e não acaba por motivos babacas.
Uma das melhores – quiçá a melhor cena – é o embate do aeroporto.
As cenas de Scarlet Johansson como Viúva Negra são um show de acrobacias e técnicas de combate. Enquanto que Elisabeth Olsen como Wanda / Feiticeira Escarlate são recheadas com efeitos especiais e muitas explosões.
Capitão América: Guerra Civil é um marco para a onda cinematográfica de heróis. É não é exagero se ater aos inúmeros elogios. Mas, apesar de ser um filme grandioso e que vale o seu ingresso, ainda assim, apresenta algumas pequenas falhas, mas nada que possa comprometer a sua diversão.