Canal dedicado à informar sobre censura sofre censura no Youtube

Existe um canal no YouTube chamado Censored Gaming, que registra, compara e analisa exatamente o que o título dá a entender.

Mais do que apenas rants sobre ângulos de câmera indecentes, ele busca saber sobre classificações indicativas, respostas de desenvolvedores e publishers, curiosidades, censura de uma perspectiva histórica (com direito à umas lembranças do tempo do “Selo Nintendo de Qualidade corte de referências religiosas”), etc.

Contudo, o canal dedicado à informar sobre censura… foi censurado!

Toda uma série de vídeos comparando os cortes, alterações de texto e censuras no anime de Yu-Gi-Oh! (relacionado diretamente com o jogo) foram derrubados com acusação de violação de direitos autorais. Isso não foi corte de monetização, foi derrubada de vídeos com Strike no canal.

Os vídeos não apresentavam episódios completos e faziam cortes constantes, focando apenas nas cenas alteradas, além de possuir finalidade informativa e educativa, o que comporia Fair Use. Mais estranho ainda, apenas alguns vídeos foram removidos, sem nenhum crtério específico para por que alguns vídeos ficaram e outros não

“Strikes” por violação de direitos autorais em um canal do youtube são coisas bem sérias. Receba um certo número deles e você começa a ter seu uso do site limitado, como tempo máximo de 15 minutos do vídeo e corte total de monetização. 3 strikes em um trimestre e seu canal pode ser removido!

O responsável pelo Strike foi a Companhia N.A.S, produtora dos desenhos de Yu-Gi-Oh! e responsável pelo Marketing da marca. Mesmo sendo detentora dos direitos, essa empresa já causou comoção na comunidade do jogo por derrubar o site “Dueling Network“, utilizado para planejar e testar decks e bastante famoso entre os jogadores.

Isso traz de volta aquelas velhas questões que atormentam todos os youtubers e muitos telespectadores: qual o limite do fair use? Quando a Google, Alphabet ou qualquer empresa responsável vai revisar as regras e dar alguma opção mais palpável para o criador de conteúdo se defender?

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Fonte: TechRaptor
Matéria enviada colaborativamente por Rafael “Duke Magus” Ourique.