Após 30 anos desde O Retorno de Jedi, e 10 desde o último longa da franquia – em A Vingança dos Sith -, Star Wars retorna às telonas, resgatando aquilo que há de mais forte em cada um de nós: A Força.
E novos personagens embalam toda essa ação, dando seguimento ao legado dos heróis do passado. Poe Dameron (Oscar Isaac), Finn (John Boyega), o robozinho BB-8 e Rey (Daisy Ridley), conduzem o filme de forma muitas vezes divertida, carismática, e com uma naturalidade nunca vista em toda a saga.
Se há algo no qual J.J. Abrams conseguiu inserir dentro da série, foi a excelente direção de atores – coisa que, convenhamos, Lucas não era tão bom assim.
Mesmo a atriz que interpreta Rey tendo como desafio seu primeiro longa, uma série amada e respeitada, sua tranquilidade em encarnar Rey foi de longe, uma das melhores interpretações em toda a série.
Mas o destaque maior fica por conta da nostalgia em ver aqueles tão queridos personagens novamente em ação. Han Solo (Ford), e seu fiel parceiro Chewbacca (Peter Mayhew), continuam sendo os mesmos de sempre. Aliás, é difícil pensar se é mais fácil Han Solo interpretar Harrison Ford, ou o contrário. Pois mesmo após todos esses anos, o capitão da nave mais famosa dos cinemas continua impecável e canastrão como sempre.
Mas, apesar de algumas críticas, o grande vilão Kylo Hen (Adam Driver) não chega a ter a imponência do grande Darth Vader, mas a construção do personagem segue basicamente a mesma receita de bolo de seu antecessor, indo aos poucos, até o momento decisivo em que saberemos se ele de fato vai convencer ou não.
Talvez um problema que o longa apresente, é a falta de exploração que alguns personagens tiveram, como foi o caso da Capitã Phasta (Gwendoline Christie, da série Game of Thrones), onde parecia pelos trailers, que sua presença ia ser quase que tão marcante quanto de Kylo Hen. Você sente que falta algo naquele núcleo, mas que mesmo sendo pequeno, não altera em nada o andamento da história.
A trilha sonora de John Willians ainda é um ponto marcante dentro da série, apesar de não ter o mesmo efeito que teve sobre a série clássica, com temas marcantes como a “Marcha Imperial”, mas durante as cenas de ação, a trilha consegue encaixar perfeitamente com a epicidade das cenas de batalhas, e de climas mais densos.
Mas, se pudesse destacar uma das composições mais marcantes deste episódio, seria o tema da personagem Rey. Original, envolvente, e que nos remete aos clássicos temas vistos no passado, passando todo o sentimento do personagem, e fazendo com que público e personagem, consigam se entrelaçar nessa cadeia.
Já os efeitos, não há o que comentar. Quando se fala em Star Wars, automaticamente estamos falando de efeitos especiais, que mesmo de uma forma simples, conseguem ainda tirar o fôlego do expectador. O 3-D nem é tão necessário assim, e O Despertar da Força pode ser assistido tranquilamente em salas normais, já que esse não foi o chamarisco promovido pelos trailers.
O destaque fica por conta dos ângulos de câmeras durante as batalhas aéreas, com direito a parecer que os pilotos das X-Wings fixaram câmeras Go-Pro nas asas cruzadas, – pra depois postarem o voo no Youtube – mas o destaque fica por conta do trabalho de Daniel Mindel, parceiro de J.J em Star Trek, e diretor de fotografia, que conseguiu através de sua ampla experiência, transmitir a emoção e a adrenalina em enquadramentos únicos na série até então.
Em suma, Star Wars: O Despertar da Força, é um filme obrigatório para todo fã da série, e um ótimo incentivo à quem ainda não assistiu aos filmes clássicos. Afinal de contas, o principal foco aqui é o recomeço de uma história, e nunca é tarde para que cada um de nós, desperte a Força interior que temos.
Um presente para os fãs da velha guarda, e uma iniciação sublime para a nova geração de fãs.
Deixe a Força da nostalgia fluir em você, Padawan!
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