Não é incomum encontrarmos histórias horríveis nos bastidores do desenvolvimento de um jogo.
Os corredores e salas de reuniões de grandes empresas são recheados de histórias assim.
A mais recente delas, envolve diretamente o compositor das trilhas da franquia “The Elder Scrolls“, Jeremy Soule – que também trabalhou nas trilhas sonoras de Guild Wars, Star Wars:KotOR e Dungeon Siege -, que está sendo acusado de estupro pela desenvolvedora independente Nathalie Lawhead.
Segundo Nathalie, o abuso teria ocorrido em 2009, quando Jogo de Realidade Alternativa (ARG), para uma empresa em Vancouver, no Canadá. A desenvolvedora mantém hoje um blog dedicado à história, e lá faz o seguinte relato:
“Eu precisava desesperadamente deste trabalho. Precisava disso no meu currículo, as oportunidades, tudo o que o envolvia parecia incrível. Jeremy sabia dessa situação em que eu me encontrava e acabou usando sua posição para tomar vantagem e fazer o que fez.”
Segundo Nathalie, o projeto em si foi desgastante e abusivo, com um extenso crunch, má gerência e um ambiente de trabalho muito estressante e tóxico. Além de também ter tido diversos problemas com a imigração dos Estados Unidos para o Canadá.
Durante este período em que esteve envolvida no projeto, ela e Soule cultivaram uma amizade aparentemente sadia, discutindo questões artísticas e uma ampla troca de experiências sobre a indústria.
No entanto, Nathalie sempre frisou que buscava apenas uma amizade sincera com o compositor, e que nunca esteve interessada em um relacionamento.
Ela então relata que Soule usou sua proximidade com o CEO da empresa, ameaçando sua posição no projeto, onde afirma que ele, por diversas vezes, disse que ou ela ficava com “ele ou [estaria] fora”. A desenvolvedora também disse que as conversas com Soule começaram a tomar um ar mais impróprio, regadas a comentários misóginos e machistas.
“Ele estava sempre em uma posição ameaçadora. Ele deixou claro que era ‘ele ou eu estava fora’. Então, ele me estuprou. Durante todos esses anos, Jeremy se vitimizou e culpou as mulheres pelas relações com ele.”
Mesmo com todos os ocorridos, Nathalie se manteve no projeto por questões de necessidade. Eventualmente, o jogo foi lançado, mas os devidos créditos para a desenvolvedora não foram feitos – ela diz que, por conta da proximidade do compositor com o CEO da empresa, ele o convenceu a remover seu nome dos créditos do jogo.
Nathalie explica que guardou isso por anos, mas sentiu que era hora de quebrar o silêncio, no intuito de incentivar outras desenvolvedoras e para que casos como esse não se repitam.
Até o presente momento desta publicação, uma investigação sobre o caso não foi formalmente iniciada.
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